quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O MANIFESTO GÓTICO...



O Manifesto Gótico

Não basta vestir uma roupa preta e se dizer gótico,
é necessário entender o que significa gótico, e neste sentido não é
possível entender o gótico sem conhecimentos sobre História,
Literatura, Cinema, Música, e Sociologia.

Os góticos não são adeptos do consumismo ingénuo mas pessoas
sofisticadas e elegantes que possuem senso crítico e um visual
totalmente produzido.

Góticos são seres sociáveis que escolhem os seus amigos pelo
que eles são e não por aquilo que eles possuem, não medem as
pessoas dos pés à cabeça antes de se aproximarem para fazer
novas amizades.

Os góticos não pretendem transformar a sociedade
nem destrui-la com bombas, embora não estejam satisfeitos
com a ordem social estabelecida, querem o seu espaço no contexto.

Os góticos odeiam qualquer forma de discriminações,
aceitam as diferenças individuais com naturalidade e
recebem bem todos independentemente dos seus valores, crenças,
situação económica ou orientação sexual.

O movimento gótico caracteriza-se como um movimento
de inclusão social e não de exclusão, conheça pessoas góticas e
faça uma comparação, não fique surpreendido se for muito bem
recebido, afinal estará em contacto com pessoas inteligentes
e de mente aberta.

Góticos, não veneram o diabo nem cultivam o mal.

Os góticos não acreditam na violência e detestam os
ignorantes e idiotas que vivem destruindo o património público.

Os góticos não moram nos túmulos dos cemitérios, apenas
sentem-se fascinados com a beleza arquitectónica desses lugares.

No dia-a-dia são como as outras pessoas trabalham,
estudam e lutam para melhorar as suas condições de vida e
por uma sociedade mais justa.

Seja, como for entre nós, você será respeitado e tratado
como um ser humano de verdade.
+Características Psicológicas+

A depressão, a raiva e o desânimo são as principais causas
do distanciamento de nós, góticos, do mundo dos demais mortais.
Esse distanciamento na maioria das vezes torna-se num círculo
vicioso e isso faz-nos cair num profundo poço de melancolia.
Essa tristeza invade as nossas almas, tornando-nos criaturas
frias e distantes, muitas vezes estranhas para os outros.
Quando atingimos tal profundidade, é difícil voltar atrás e
adoptamos as trevas como uma opção de vida.

É nesse preciso momento de auto-consciência, que sabemos
exactamente naquilo em que nos tornámos e o que somos.
Essa é a fase de transição de uma pessoa normal, para um gótico,
o nosso momento de maior solidão.
Com o passar do tempo acabamos por abrir mão de vários
amigos e a solidão parece crescer cada vez mais, até acabarmos
por perceber que não estamos sós e que pelo mundo fora existem
pessoas na mesma situação que nós. É aí que somos percebidos,
quando paramos para perceber, é assim que surge, emergindo das
sombras, uma nova sociedade.

Solidão

Esse sim, é o nosso sentimento mais profundo e o
necessário para o cultivo da nossa melancolia eterna.
É o sentimento responsável pelos nossos momentos de
reflexão e sem ele a essência gótica não tem sentido algum.

+Arte+

Tal qual nos tempos idos, a cultura gótica sempre esteve
ligada com a arte. Não importando qual fosse essa, música,
poesia, pintura , escultura...

Como os povos antigos, como os poetas de outros séculos,
a cultura gótica permanece como um inconformismo explícito
ao convencionalismo da sociedade massificada do mundo.
Manifestando-se ora como um sentimento nostálgico, ora melancólico,
as vezes tenebroso e sempre celebrando um lado sombrio da vida e
da arte.

A música gótica, como em todas as outras formas contra
culturais, articula um não conformismo explícito aos poderes
estabelecidos. Opõe-se as actividades sexuais limitadas e às
tradicionais religiões estabelecidas. Sumos-sacerdotes, igrejas e
congregações foram substituídos por músicos de rock, bares e fãs.
A música celebra o lado negro e obscuro da vida e tem um estreito
fascínio com a morte. O seu som lento e penetrante é frequentemente
descrito como melancólico, tenebroso e mórbido.

As pessoas enfeitiçadas pela nova cultura gótica encontram no
vampiro a imagem isolada mais apropriada para a contra-cultura.
Homens e mulheres vestem-se de preto, perpetuando assim a imagem
vampírica. Vampiros, sangue, presas e morcegos encheram as páginas
das revistas góticas, podendo haver ou não uma co-existência com o
vampirismo.

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